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quinta-feira, 10 de junho de 2010

POLÍTICA..!

Marina quer ser primeira mulher negra no Planalto
(Por Fernando )


BRASÍLIA (Reuters) - Em uma convenção nacional que não mobilizou um grande número de militantes em comparação aos seus adversários, a senadora Marina Silva formalizou nesta quinta-feira a sua candidatura à Presidência da República pelo PV dizendo querer ser a "primeira mulher negra de origem pobre" a ocupar o Palácio do Planalto.
Marina, em terceiro lugar nas pesquisas, reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a manutenção da estabilidade econômica. Vestida com suas costumeiras roupas simples e sóbrias, Marina destacou que o país ainda precisa corrigir erros.
Durante o evento, o partido também oficializou a indicação para a vaga de vice na chapa do empresário Guilherme Leal, fundador e copresidente licenciado do Conselho de Administração da Natura.
"Temos ainda um país que dilapida o seu imenso patrimônio natural", afirmou a candidata em um discurso pontuado com emoção por passagens de sua dura história de vida.
Ex-ministra do Meio Ambiente, ela citou ainda a desigualdade de oportunidades entre pessoas ricas e pobres, a inexistência de uma educação de qualidade que alavanque a economia e a inovação tecnológica e a falta de infraestrutura e segurança nas cidades. Marina também defendeu o que chamou de "programas sociais de terceira geração", os quais, além de reduzir as desigualdades sociais, potencializariam a criação de oportunidades de empregos para os assistidos.
"É sair do Estado provedor, que faz as coisas para as pessoas, para o Estado mobilizador, que faz as coisas com as pessoas."
No entanto, a candidata, que tenta se consolidar como uma terceira via e evitar a confirmação da tese de que haverá uma eleição plebiscitária entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) em outubro, elogiou realizações dos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus antecessores. No seu entender, eles tiveram papel importante para a consolidação da democracia, a estabilidade econômica, o controle da inflação e a redução da pobreza.
"Não vamos aceitar o veredicto do plebiscito. Não há veredicto. Ele vai ser revogado pelo povo brasileiro", sentenciou a senadora, sendo aplaudida pelos presentes.A convenção, que tocou por diversas vezes um jingle com a expressão "sou marineiro", também destacou o slogan da campanha de Marina --"Juntos pelo Brasil que queremos". No final de seu discurso, Marina brincou com o silêncio que tomou a plateia por várias vezes. Disse que, diferentemente da simples torcida que ocorre normalmente em convenções partidárias, isso significava que as pessoas estavam refletindo sobre sua fala.

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