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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

No tempo em que os bichos falavam

Ouve um tempo em que os bichos falavam, e eles falavam tanto que Esopo resolveu recolher e contar as histórias deles para todo mundo.
Esopo era escravo de um rei da Grécia, e divertia-se inventando uma moral para as histórias que ouvia dos animais.
Na verdade, nem todos os moradores do país eram capazes de entender a linguagem dos animais, mas Esopo era. Sobretudo dos pequeninos, que falavam muito baixinho, como por exemplo os ratinhos que moravam num buraco da parede da cozinha do palácio.
Um dia, quando limpava o chão da cozinha, Esopo ouviu uns ruídos que vinham de dentro do buraquinho. Os ratinhos estavam muito agitados e preocupados pois, o rei havia colocado um gato grande e forte para tomar conta dos petiscos reais e o tal gato não era de brincar em serviço, já tinha devorado vários ratos.
Esopo apurou os ouvidos e pôde ouvir tudo o que os ratinhos diziam:
Um deles, muito espevitado, parecia ser o líder e, de cima de uma caixa de fósforos, discursava:
— Meus amigos, assim não é mais possível, não temos mais paz e tudo porque o rei resolveu trazer aquela fera para cá. Precisamos fazer alguma coisa, e logo, porque senão esse gato vai acabar com a nossa raça!
Era uma assembléia de ratos e todos estavam muito empenhados em solucionar o problema que os afligia: um gato, grande e forte, que o rei havia mandado colocar na cozinha.
Já tinham perdido vários amigos nos dentes afiados da fera: o Provolone, o Roquefort, o Camembert e o pobre Tatá, o mais amado de todos.
Planejaram, planejaram e não conseguiram chegar a nenhuma conclusão que agradasse a todos. Precisavam de estratégias eficazes e seguras.
Uns achavam que deveriam matar o tal gato; outros diziam que era impossível: "Como matar uma fera daquelas?"
Horácio estava quase convencido de que a sina de seu povo era morrer entre os dentes do gato. Com lágrimas nos olhos, já ia descendo da caixa de fósforos quando Frederico, um ratinho muito tímido que nunca falava, resolveu dar sua opinião:
— Como vocês sabem, eu não gosto muito de falar, por isso serei rápido, mas antes vocês vão responder a uma pergunta: Por que esse gato é tão perigoso para nós, se somos tão ágeis e espertos?
E Horácio respondeu:
— Ora, Frederico, esse gato é silencioso, não faz nenhum barulho. Como é que vamos saber quando ele se aproxima?
— Exatamente como eu pensei. Me perdoem a modéstia, mas acho que a idéia que tive é a melhor de todas as que ouvi aqui .Vejam só, é simples: Vamos arrumar um guizo, pode ser até aquele que pegamos da roupa do bobo da corte. Lembram? Aquele que achamos bonitinho e que faz um barulho enorme.
Os ratos não estavam entendendo nada, para que serviria um guizo?
Frederico tratou de explicar:
— A gente pega o guizo e coloca no pescoço do gato. Quando ele se aproximar, vamos ouvir o barulho e fugir. Não é simples?
Todos adoraram a idéia. Era só colocar o guizo que todos ouviriam o gato se aproximar.
Todos os ratos foram abraçar Frederico e estavam na maior euforia quando, de repente, um ratinho que não parava de roer um apetitoso pedaço de queijo, resolveu perguntar:
— Mas quem é que vai colocar o guizo no pescoço do gato?
Todos saíram cabisbaixos. Como não haviam pensado naquilo antes?
Era o fim da euforia dos ratinhos. Para Esopo, a moral da história era a seguinte: "Não adianta ter boas idéias se não temos quem as coloque em prática". Ou ainda: "Inventar é uma coisa, colocar em prática é outra".

SUA EMPRESA NAS REDES SOCIAIS



9 MANEIRAS PARA VOCÊ NÃO USAR REDES SOCIAIS EM SUA EMPRESA

Segundo estudo divulgado pelo Ibope Nielsen Online, o Brasil possui 46,3 milhões de usuários de redes sociais ativos em casa ou no trabalho, ficando em terceiro lugar no ranking mundial de 2011.
Com números tão expressivos, fica impossível para uma empresa não se deixar seduzir pelas oportunidades de crescimento oferecidas pelo Twitter, Orkut e Facebook. Mas será que a sua empresa precisa mesmo estar nas redes sociais?
De acordo com a L3 CRM, empresa especializada em soluções para Gestão de Relacionamento com Cliente, ser capaz de monitorar tudo o que está sendo falado sobre a companhia não é motivo suficiente. "Apesar de parecer um ótimo negócio, estar nas mídias sociais não é para qualquer um", destaca o diretor da empresa, Leandro Lopes.
Para atentar às reais necessidades de inserir a imagem de uma empresa às redes sociais, a L3 CRM resolveu ir contra a corrente e listou 9 motivos para ficar longe dessas ferramentas de entretenimento e comunicação em massa.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

DIA DO EVANGÉLICO

Presidente sanciona Lei do “Dia do Evangélico” e líderes critica
O presidente Lula sancionou a Lei Nº 12.328 que torna o dia 30 de novembro o Dia Nacional do Evangélico. Líderes evangélicos criticaram.
Saiu no Diário Oficial desta quinta-feira (16/9), o decreto da Lei Nº 12.328 que torna o dia 30 de novembro, o Dia Nacional do Evangélico. No entanto, a data não significará mais um feriado no mês de novembro, nem sequer ponto facultativo no Brasil.
O Dia do Evangélico já faz parte do calendário oficial brasiliense e é considerada ponto facultativo no Distrito Federal. A data foi criada e garantida pela lei 893/95, a partir de um projeto do então deputado distrital Carlos Xavier.
Crítica
Líderes evangélicos se mostraram surpresos ao saber que a lei 12.328 — que institui o dia 30 de novembro como Dia do Evangélico — foi sancionada quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O decreto foi publicado nesta quinta-feira, 16 de setembro, no Diário Oficial da União. O projeto é do deputado do Partido Republicano Brasileiro (PRB-MA), Cléber Verde.
“É uma iniciativa simpática, mas, todavia, a República nasceu laica e precisa continuar laico. Defendo a separação entre Igreja e Estado para que haja democracia. O presidente precisa despertar para esse aspecto da Constituição”, explica o presidente da Catedral Presbiteriana d
O diretor-geral da Convenção Batista Carioca, Pastor Walmir Vieira, concorda.”Não há necessidade disso. O dia do evangélico é todo dia, quando damos testemunho de uma vida cristã e bonita. Se existe um dia do evangélico, será preciso haver um para os católicos, para os espíritas”.
Teólogo e professor de Filosofia, o pastor Alexandre Marques também destaca a importância de não privilegiar nenhuma religião. ” Será preciso haver um dia para as tradições orientais e africanas, que foram demonizadas e atacadas”.
Diário Oficial da União
LEI N 12.328, DE 15 DE SETEMBRO DE 2010
Institui o Dia Nacional do Evangélico a ser comemorado no dia 30 de novembro de cada ano.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 Fica instituído o Dia Nacional do Evangélico, a ser comemorado no dia 30 de novembro de cada ano.
Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de setembro de 2010; 189 da Independência e 122 da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
João Luiz Silva Ferreira(Fonte: ADIBERJ com informações do Correio Braziliense, Extra online e JusBrasil

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Estresse Pedagógico
Sabe aquele professor apático, cansado e irritado?
Ele nem sempre foi assim. Ele já foi alguém animado e comprometido com a sua profissão. Ele já foi um profissional responsável e perseverante.
O que terá acontecido no seu percurso que o tornou um profissional tão “apagado”?

São muitas as explicações e certamente todas elas terão alguma relação com esse quadro. Porém, quero me deter aqui em um aspecto que já há algum tempo tem me preocupado e por isso mesmo tornou-se para mim, leitura obrigatória nesses últimos meses.
Trata-se da Síndrome do Esgotamento Profissional ou como é mais conhecida atualmente, Síndrome de Burnout. (internete).

É VERDADE

Estudo do UNICEF e MEC revela chave do sucesso de 33 escolas públicas brasileiras
Boas práticas pedagógicas, professores comprometidos e com atitude positiva em relação às crianças, participação ativa dos alunos, gestão democrática e parcerias externas. Combinando alguns desses fatores, 33 escolas públicas brasileiras conseguiram melhorar a qualidade da educação de seus alunos, garantindo acesso, permanência e sucesso escolar. Os resultados de seu trabalho estão no estudo Aprova Brasil, o direito de aprender, divulgado hoje pelo Ministério da Educação e UNICEF.
Os resultados do estudo apontam para uma soma de fatores que ajudaram a garantir a qualidade da educação:
1. As práticas pedagógicas - envolvem formas de trabalho, projetos de ensino, uso e produção de materiais didáticos, processos de avaliação e recuperação continuados da aprendizagem dos alunos. Elas vão desde atividades criativas que aproximam os conteúdos e a vida das crianças até o acompanhamento e apoio permanente para alunos com dificuldade de aprendizagem.
2. A importância do professor – nas escolas pesquisadas, foram identificadas boas práticas relacionadas com o compromisso e a atitude do professor, bem como a valorização da sua formação inicial e continuada. Os professores respeitam e incentivam as crianças, são criativos e buscam se capacitar.
3. Gestão democrática e a participação da comunidade escolar - foram identificadas práticas de democratização da gestão e de incentivo à participação dos diversos atores da escola nas decisões e na implementação de iniciativas vinculadas à vida escolar.
4. A participação dos alunos na vida da escola - os alunos são ouvidos nos processos de decisão sobre a escola, sugerem atividades em sala de aula, ajudam seus colegas com dificuldades de aprendizagem, mantêm jornais e rádios escolares.

REGUE SUA PLANTINHA...!

Irrigação das plantas

Sem água, as plantas murcham e morrem. Mas o excesso de água nelas pode ser tão ruim quanto a falta. Se as plantas terrestres ficarem submersas na água por muito tempo, mesmo que apenas suas raízes, elas poderão apodrecer ou morrer por falta de oxigênio.


O equilíbrio da necessidade de água das plantas é como fazer uma dieta saudável. Tudo deve ser feito com moderação. Dê às plantas água suficiente para uma vida saudável, mas não as encharque.
Um minuto a mais...

Mudança de Vida.
A vida muda em um minuto apenas.
Em um minuto apenas DEUS providencia o socorro.
Pode ser um coração atento, uma mão amiga, um pedaço de papel
impresso caído na calçada.
Papel que o vento não o levou para longe.
Um minuto apenas e o amor volta e a esperança renasce
Um minuto apenas e o sol rompe as nuvens clareando tudo.
Não se desespere, espere, o socorro chega.
Um minuto apenas...
O panorama se modifica. A vida refloresce. Tenha paciência, não se
entregue à desesperança. Aguarde.
Enquanto você sofre DEUS providencia o auxílio.
Aguarde, um minuto apenas, sessenta segundos.
Uma vida. Um minuto a mais.
Em um minuto apenas, a misericórdia divina se derrama cheia de
bênçãos nas vielas escuras dos passos humanos, corrige, saneia, repara transformando-as em estradas luminosas no rumo da vida maior .
(autor desconhecido)

sábado, 14 de janeiro de 2012

OH DEUS MARAVILHOSO, COMO EU TE AMO.

Falando com Deus
Ó Deus! modifica o meu coração e a minha mente
para que eu possa ser feliz, preencher-me de mais paz
e entender as pessoas a partir do que dizem, pelo olhos, timbres de voz,
gestos e expressões, indo ao fundo de suas almas,
compreendendo os seus anseios e necessidades.
Faze-me Senhor, superar minhas deficiências e rancores
e os tratar com delicadeza e bondade, sendo para eles a alma amiga
e protetora.
Com relação a mim, dá a força para me considerar melhor,
ver-me com qualidades, vontade de paz e sucesso,
sem me queixar de nada.
Obrigado, oh! Deus, pois que és o meu Criador.

Fé e oração
- Qual a diferença entre fé e oração? Perguntou um discípulo ao seu mestre. O mestre pediu que o discípulo fosse até uma pequena árvore próxima aos dois, e cortasse um galho. O discípulo obedeceu.
- A árvore continua viva? Perguntou o mestre.
- Claro - respondeu o discípulo, ainda sem entender.
- Por favor, volte lá e desta vez corte a sua raiz.
- Mas mestre, - inquietou-se o discípulo -
se eu fizer isto, a árvore vai morrer!
- Muito bem, meu filho. As orações são os galhos da árvore, e a fé a sua raiz - esclareceu o mestre: A fé poder existir sem orações, mas não pode existir oração sem fé.

Não Poderia ser Melhor.

A história da borboleta (Álvaro)
Esta história é figurinha conhecida, mas não me custa nada repeti-la:
"Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou-se e passou a observar a borboleta que, por várias horas, se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então, em certo momento, pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso, parecia que ela tinha ido o mais longe que podia e não conseguia mais continuar nessa sua missão de deixar o seu casulo.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta. Ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas, atrofiadas. O homem então continuou a observar porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passou o resto de seus dias rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza, em sua vontade de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário para a borboleta passar através de sua pequena abertura, era o modo com que a natureza agia para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo."
Moral: algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossas vidas. Se Deus nos permitisse passar através dela sem quaisquer obstáculos, Ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar!

TEXTO MARAVILHOSO

MEU AMADO JESUS (pesquisa internete)
Conheci vários Jesus ao longo da vida (que ainda nem é tão longa assim). Quando bebê, dormi no famoso “berço evangélico”, onde conheci meu primeiro Jesus: um amigo muito bonito, do qual eu era uma florzinha. Alguns anos depois, descobri que esse amigo ficava “muito triste” quando eu fazia “coisa feias”, como desobedecer, mentir ou bater nos coleguinhas da escola.
Aos 13 anos, conheci um Jesus que levou meu pai e melhor amigo para sempre. Por fim me veio um Jesus que em nada se assemelhava aos primeiros. Severo e repressor, só sabia dizer “não pode”.
“Não faça isso.”“Não pense nisso.”“Você vai pro inferno.” Mesmo assim confesso que foi uma adolescência silenciosa e triste, sem nenhuma diversão. Típico, né? Talvez você esteja se identificando... Quando já achava que não poderia piorar, conheci um Jesus completamente diferente. Esse agora falava demais! Eram horas de “conversa” por dia, manifestações sobrenaturais esquisitíssimas nos finais de semana e até ficha de relacionamento com ele para prestar contas à liderança da igreja. Até que durou um tempinho: o quanto se pode agüentar de manipulação e religiosidade vazia. E eu achava que esse Jesus sim, falava comigo. Estava enganada. As coisas começaram a mudar pra mim quando minha mãe foi diagnosticada com uma doença degenerativa. A essa altura, minhas atividades eclesiásticas ocupavam cerca de 50% da minha agenda, competindo ainda com trabalho e faculdade. Eu liderava ministérios e “discipulava” pessoas. Em um único dia, abandonei tudo. Passei alguns dias preocupada com o que diria o Jesus da vez, tipo que não perdoaria alguém que “abandona o arado”. Mas... (que estranho!) ele se calou quando saí da igreja.
Qual não foi minha surpresa ao me deparar com um novo Jesus. Esse sim me surpreendeu. E é difícil falar dele. Parece que faltam palavras que o definam. Ele é inflexível nas suas leis, como o Jesus da minha adolescência, mas não é agressivo. Tem uma autoridade diferente no olhar, que ao mesmo tempo intimida e consola. Não me dá medo, mas segurança.
Ele entende o que sinto. Perdoa quando faço “coisas feias”. Isso me comove e muitas vezes, como agora, me faz chorar. Nunca sei se é de tristeza ou de alegria, sei apenas que, quando o choro acaba, a dor passou e já me sinto melhor. Sei que com ele está tudo bem.
Ele não fala comigo todos os dias, mesmo assim não consigo esquecê-lo momento algum. Parece que agora tudo em mim aponta pra ele. Se eu tivesse um pouco do talento literário de C. S. Lewis, esse texto teria ficado bem melhor. Meu Jesus é tão parecido com o Aslam de Lewis...

A ESCOLA DOS MEUS SONHOS, COMO UMA ROSA, UMA FLOR...!

"A escola que sempre sonhei" (Magna)
Rubem Alves diz sempre ter sonhado com uma escola ideal, mesmo sem saber ao certo da sua existência. Mas ela existe! E está em Portugal. É a Escola da Ponte.
Quando a viu pela primeira vez em 2000, tendo como guia um aluno de 9 anos, lembrou a frase de Fernando Pessoa para a mulher amada: "Quando te vi, amei-te já muito antes..."
Mas ele nos alerta: para entender a Escola da Ponte precisamos esquecer quase tudo o que sabemos. Primeiro é preciso esquecer aquilo que somos para sairmos da prisão do que somos hoje. É submeter ao esquecimento, desarticular o que sabemos. Só assim vamos conseguir ver coisas novas. Isso acontece porque precisamos nos livrar dos jeitos de ser que se sedimentaram a nós, e que nos levam a crer que as coisas devem ser do jeito que são.
Assim, a escola ideal de Rubem Alves seria como a escola que ele conheceu em Portugal:
. uma escola sem classes separadas por série;
. com salas de aula sem divisões, com mesinhas baixas, próprias para as crianças;
. os alunos poderiam andar livremente pela sala;
. os professores seriam orientadores;
. pequenos grupos de alunos seriam formados a partir do interesse comum por um assunto.
Para Rubem Alves, precisamos de uma escola retrógrada. Pois retrógrado quer dizer "que vai para trás". Precisamos então de uma escola que vá para trás dos "programas" científica e abstratamente elaborados e impostos. "Uma escola que compreenda como os saberes são gerados e nascem. Uma escola em que o saber vá nascendo das perguntas que o corpo faz. Uma escola em que o ponto de referência não seja o programa oficial a ser cumprido, mas o corpo da criança que vive, admira, se encanta, se espanta, pergunta, enfia o dedo, prova com a boca, erra, se machuca, brinca.”

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

UMA LIÇÃO AOS NOSSOS PROFESSORES

Escolas Gaiolas e Escolas Asas

“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”
(Rubem Alves)
Sem comentários...
(Crédito: blog da Magna)

LEIAM QUE INTERESSANTE...!

Avaliar: o quê? para quê? para quem?
"Era uma vez...
Uma rainha que vivia em um grande castelo.
Ela tinha uma varinha que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico.
Um dia, querendo avaliar sua beleza, ela perguntou ao espelho:
— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
— Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia, para responder a sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais claros.
Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
— Como assim?
— Veja bem, respondeu o espelho. — Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta. Pretende apenas levantar dados sobre o seu ibop no castelo? Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas, ou sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminados? De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados.
E continuou o espelho:
— Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que bases devo fazer essa avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto? Quem devo consultar para fazer essa análise? Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta; por outro lado, se utilizar parâmetros nacionais, poderei ter outra resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar aos seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar. Depois,ainda tem o seguinte — continuou o espelho: — Como vou fazer essa avaliação? Devo utilizar análises continuadas? Posso utilizar alguma prova para verificar o grau dessa beleza? Utilizo a observação?
—Finalmente, concluiu o espelho, — Será que estou sendo justo? Tantos são os pontos a considerar...”
Pensando a avaliação nesse contexto percebo o quanto ela é importante e necessária nas escolas atualmente, uma vez que nos últimos anos tem se difundido muito uma concepção de escola autônoma e com gestão participativa. Porém, não me refiro aqui à avaliação da aprendizagem, aquela que todo professor faz com seu aluno. Mas sim, a avaliação da escola como um todo, ou seja, como se deu ao longo de determinado período, as relações, os encaminhamentos, enfim, dizer quais foram os entraves e os facilitadores do desenvolvimento do trabalho escolar. Isso significa avaliar para tomada de decisão,como diria Luckesi, são pontos de partida e não de chegada.
Não queremos ser como a rainha que tinha a intenção apenas de constatar a sua beleza. Precisamos ser e agir mais como o espelho mágico, que é coerente com sua concepção e vê a avaliação como prática social, intencional e comprometida com uma visão de mundo.
E finalmente, um recadinho para aqueles que se propõem a serem avaliados: estejam preparados para ouvir todas as opiniões, as boas e as nem tão boas assim, e principalmente, não se empolguem demais com os elogios a ponto de transformar-se na rainha que só quer constatar o que já existe e acima de tudo, não se melindrem com as críticas a ponto de transformar a avaliação em um mal estar geral!
O segredo é aceitar tanto elogios quanto críticas de forma a transformá-los em reflexão comprometida com a melhoria das condições de trabalho, almejando assim, a tão sonhada educação de qualidade! (Crédito: blog da Magna).

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Entrevista com Deus
Sonhei que eu tinha uma entrevista com Deus.
"Então você gostaria de me entrevistar?" Deus perguntou.
"Se você tiver tempo," eu disse.
Deus sorriu. "Meu tempo é a eternidade; que perguntas
você tem em mente para me fazer? "O que na humanidade
mais surpreende você?.. ."Deus respondeu:
"Que eles ficam entediados com a infância - se apressam em crescer
e depois desejam ser crianças novamente .Que eles perdem sua saúde
para ganhar dinheiro e em seguida perdem o dinheiro para recuperar
sua saúde .Que eles pensam ansiosamente sobre o futuro e se esquecem
de viver o presente, de tal forma que não vivem nem o presente nem o
futuro. Que eles vivem suas vidas como se nunca fossem morrer e morrem
como se nunca tivessem vivido..."
As mãos de Deus tocaram as minhas, ficamos em silêncio por um momento
e então eu perguntei:
-Sendo um pai, quais lições de vida você quer que seus filhos aprendam?
Deus respondeu com um sorriso:
-"Aprendam que eles não podem fazer ninguém os amar”. O que eles podem
fazer é se deixarem ser amados. Aprendam que o que é mais valioso
não é o que eles têm em suas vidas, mas quem eles têm em suas vidas.
Aprendam que não é bom compararem-se uns aos outros. Aprendam que uma
pessoa rica não é aquela que tem o máximo, mas sim aquela que precisa
do mínimo. Aprendam que leva apenas uns poucos segundos para abrir
feridas profundas na pessoa que se ama, e que pode levar muitos anos
para curá-las. Aprendam a perdoar praticando o perdão. Aprendam que
existem muitas pessoas que as amam encarecidamente, mas simplesmente
não sabem como expressar ou mostrar seus sentimentos. Aprendam que
dinheiro pode comprar tudo exceto. .FELICIDADE!!!!
Aprendam que duas pessoas podem olhar para a mesma coisa e vê-la
de maneira diferente. Aprendam que nem sempre é suficiente ser
perdoado, pelos outros, mas que eles devem perdoar a si mesmos.
E aprendam que Eu "estou aqui - sempre."

COMO FAZ SENTIDO, QUE COISA LINDA...!

Fé e oração
- Qual a diferença entre fé e oração? Perguntou um discípulo ao seu mestre. O mestre pediu que o discípulo fosse até uma pequena árvore próxima aos dois, e cortasse um galho. O discípulo obedeceu.
- A árvore continua viva? Perguntou o mestre.
- Claro - respondeu o discípulo, ainda sem entender.
- Por favor, volte lá e desta vez corte a sua raiz.
- Mas mestre, - inquietou-se o discípulo -
se eu fizer isto, a árvore vai morrer!
- Muito bem, meu filho. As orações são os galhos da árvore, e a fé a sua raiz - esclareceu o mestre: A fé poder existir sem orações, mas não pode existir oração sem fé.

sábado, 7 de janeiro de 2012

MOVIMENTO 'DESPERTA DÉBORA'

Desperta Débora
“Orando por nossos filhos”.
“Desperta Débora é um movimento de oração cujo alvo é despertar mães comprometidas a orar 15 minutos por dia, para que Deus opere um despertamento espiritual sem precedentes na história da juventude brasileira”.
Esse movimento é baseado no testemunho do poder da oração narrado no livro de Juízes 4, 4-6, quando Débora, juíza e profetiza em Israel, orou e intercedeu pelo seu povo. Nos poucos versículos da narrativa bíblica sabemos que Débora como juíza julgava seu povo debaixo de uma figueira, quando percebeu que o povo israelita, após apostatar da fé e seguir outros deuses, estava sofrendo ataques e perdendo batalhas para os povos inimigos nas regiões circunvizinhas. Deus então despertou Débora para orar e interceder “como mãe” pelo seu povo em busca de avivamento e retorno da fé ao Deus verdadeiro. Por conta disso, após as orações de Débora, Deus reverteu a situação e mudou os rumos dos acontecimentos. Os israelitas, agora fortalecidos pelas orações, obtiveram vitórias nas batalhas e, como conseqüência, houve paz em Israel por quarenta anos.
O Projeto Desperta Débora é um movimento interdenominacional que guarda analogia com essa passagem bíblica ao estimular mães a fazerem o mesmo por seus filhos, motivando-as a 15 minutos diários de oração por eles. Precisamos estar atentas, pois como nos adverte a Palavra em Efésios 6, 10-12 “nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”. E se, por um lado somos advertidos sobre a existência do mal, também na Palavra encontramos conforto e coragem para vencer o inimigo, conforme expresso em Jeremias 3, 33: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes”.
a)- Essas, portanto, são razões suficientes para o nosso urgente despertar. Precisamos como mães nos colocar na brecha contra o inimigo para que Deus venha socorrer e dar o livramento necessário contra as investidas de satanás na vida deles. Saiba mãe que Deus busca “mães intercessoras”, mães que se coloquem na brecha a favor de seus filhos. Tenha certeza, Ele que é nosso Pai e é fiel, nos concederá vitórias contra as insistentes investidas de satanás.
b) - Os alvos de oração das Déboras:
c) - A conversão de nossos filhos;
d) - A restauração dos que estão desviados dentro e fora das igrejas evangélicas;
e) - Despertamento missionário de 50.000 jovens. Um compromisso missionário para o resto de suas vidas, se tornando um “Jovem, geração compromisso”. Se tornará um missionário na sua escola, em outra cultura, um(a) pastor(a), um fazedor de tendas (aqueles que tiram o sustento do próprio trabalho) e/ou um mantenedor de missões.
f) - A consagração de 50.000 jovens;
g) - Um avivamento das escolas e das universidades, local onde os filhos passam a maior parte do dia, e onde há grande influência de vícios, materialismos e mensagens anti-cristãs em geral.
h) - Não é confortador saber que se pedirmos encontraremos socorro divino em tudo que diz respeito aos nossos filhos? Então mãe, você não gostaria de conhecer mais o projeto e dele participar?
Abaixo relacionamos pedidos específicos para cada dia do mês. Sugerimos que você use essa estratégia para sua devocional diária.
1) Oro para que nossos filhos amem cada vez mais o Senhor e a Sua Palavra. Oro para que eles tenham sabedoria do Senhor para aproveitar cada oportunidade que surgir, para testemunhar.
2) Oro para que nossos filhos tenham prazer na comunhão com os irmãos e que sejam intercessores.
3) Oro para que nossos filhos sejam livres dos ataques espirituais através de músicas seculares, programas de televisão, novelas, revistas e livros, alguns orientados por escolas ou faculdades.
4) Oro pelo despertamento dos nossos filhos para missões. Que sejam sustentadores da obra missionária. Que se comprometam com a obra missionária para o resto de suas vidas: como missionários em seu próprio ambiente ou em outra cultura, seja como pastares ou fazedor de tendas (aquele que tira sustento de seu próprio trabalho).
5) Oro pelo despetamento de crianças, adolescentes e jovens. Que haja fogo do Espírito sobre eles, batismo do Espírito Santo, mover profético, amor pela Palavra de Deus, compromisso com Jesus, coração responsivo e alegria em estar na Casa de Deus.
6) Oro pela cura dos nossos filhos. Que cada um deles seja alcançado pelo imenso amor do Senhor. Intercedo pela entrega total de suas vidas a Cristo.
7) Oro pela conversão dos nossos filhos. Que cada um deles seja alcançado pelo imenso amor do Senhor. Intercedo pela entrega total de suas vidas a Cristo.
8) Oro pelos menores abandonados, meninos de rua e crianças órfãs que vivem nos orfanatos, entidades do governo, etc. Que o Senhor, com o seu imenso amor possa assisti-los e suprir cada uma das suas necessidades.
9) Oro pelas escolas e faculdades onde nossos filhos passam a maior parte do dia. Que o Senhor dê a eles o discernimento e firmeza para rejeitar os conceitos passados em sala de aula que contrariam a Palavra de Deus. Oro pelos diretores, professores, orientadores educacionais, coordenadores e por cada disciplina que é ministrada a eles.
10) Oro pela capacidade intelectual e bom aprendizado. Que nossos filhos tenham prazer nos estudos. Oro pela saúde física, mental, emocional e espiritual de nossos filhos. Por seu crescimento e amadurecimento em todas estas áreas,
11) Oro pelo caráter, temperamento e personalidade de nossos filhos. Que no seu modo de ser e viver dêem um bom testemunho de Cristo. Oro pelo crescimento espiritual de nossos filhos. Que não haja pecados não confessados, sentimento de amargura, falta de perdão e nem ânimo dobre.

TAL COMO A ANTIGA JERICÓ

Tal como a antiga Jericó
Tal como a antiga Jericó, também hoje existe um mundo do mal fechado atrás das suas firmes fortificações ou muralhas. As injustiças sociais, a mentira, a corrupção, o desprezo pelos mais débeis, a fome, impedem que as pessoas entrem na salvação, isto é, num novo tipo de sociedade em que a dignidade de todos seja respeitada e onde todos tenham direito à educação, ao trabalho, a viver em paz, de modo a constituir uma nova Terra Prometida.
Hoje fazem falta trombetas capazes de vencer esta fortaleza injusta e perversa: as trombetas da solidariedade, do serviço, do testemunho de vida. Mas não bastam as trombetas; Josué ordenou um grito de guerra em uníssono. A condição essencial para que a Igreja vença é a sua unidade, a sua união.
A batalha de Jericó é eterna, prolonga-se através dos séculos. Com o anúncio constante do Evangelho, o testemunho de vida e, sobretudo, a unidade da Igreja, a soberba Jericó pode ser destruída, entrincheirada atrás das suas torres de egoísmo, de pecados sociais e de corrupção.
Quando a Igreja (que também somos nós) gritar com o seu exemplo de vida e a sua unidade, tudo o que seja inimigo do homem ficará convertido em escombros.
(Artigo de Ariel Álvarez Valdés)





JOSUÉ ...E CALEBE...

A surpreendente história de um homem guiado por Deus.
Antes de ser chamado de Josué, que significa "o Senhor dá a vitória" seu nome era Oséias cujo significado era "salvação". Moisés foi quem mudou o seu nome, o que já evidenciava o que Deus faria através dele para todo o povo de Israel..
"Da tribo de Efraim, Oséias, filho de Num; "; "Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué." Números 13:8 e 16)
Depois da morte de Moisés, Josué, que era um dos assistentes dele, foi designado à liderança por Deus para providenciar o assentamento do povo de Israel na terra prometida.
Deus usou Josué para realizar os Seus milagres e quebrar a obstinação do povo de Israel, que por causa deste comportamento já havia ficado vagando pelo deserto por quarenta anos.
Josué, juntamente com Calebe e mais outros dez representantes de cada uma das tribos de Israel, foi escolhido para ir até Canaã, a fim de examinar a terra que seria morada do povo de Israel.
Somente Josué e Calebe, dentre os doze representantes, estavam dispostos a fazer a vontade de Deus e de seguir em frente para tomar posse imediata da terra prometida. Josué, apesar das adversidades, nunca perdeu a fé em Deus e obteve honra e sucesso notáveis.
Josué era um excelente estrategista militar durante as batalhas e também se mostrou um eficiente estadista na administração, condução e governo das tribos, mas, acima de tudo, ele foi o escolhido de Deus para ocupar o lugar de Moisés, dando prosseguimento a sua obra para com o povo de Israel..
Em especial, dentre todos os excelentes movimentos que Josué teve, desde a sua adolescência, gostaria de destacar dois eventos que ocorreram com Josué e que demonstram a intensidade do poder de Deus agindo através dele.
A milagrosa queda das muralhas de Jericó. (Josué 5 e 6)
1o. evento: A vitória de Jericó
O movimento divino na queda das muralhas de Jericó, uma vez que eles marcharam à volta da cidade uma vez por dia durante seis dias. No sétimo dia marcharam à volta da cidade sete vezes e depois, ao sinal das trombetas, gritaram.
Nesse momento, os muros da fronteira ruíram (Josué 6:8-21). Os israelitas entraram na cidade, destruíram os seus habitantes, com exceção de Raabe e da sua família e queimaram tudo, exceto determinados objetos que seriam usados no santuário (Josué 6:1-21, 24). Josué, então, pronunciou uma maldição sobre todo aquele que tentasse reconstruir Jericó no futuro (Josué 6:26).
Para que Josué parou o sol e a lua ?
2o. evento: Josué parou a rotação da terra, o sol e a lua.
No relato bíblico descrito em Josué 10:1-15, temos a narrativa de como os amorreus, em guerra com os comandados de Josué, recuavam para esperar o pôr do sol e, na escuridão da noite, ter vantagem sobre Israel, pois conheciam infinitamente melhor o campo de batalha.
Para obter de Deus a vantagem militar que era necessária para derrotar os opositores, Josué clamou para que o Senhor detivesse o sol e a lua para que o Seu povo pudesse vingar-se dos seus inimigos.

QUEDA DAS MURALHAS DE JERICÓ

EXEMPLO DE MUITA FÉ...
A conquista da cidade de Jericó, feita pelo povo de Israel conduzido por Josué, aparece narrada no cap. 6 do livro de Josué e situa-se cerca de 1200 a.C., quando os israelitas chegaram à Palestina, a Terra Prometida.
A primeira cidade inimiga que encontraram foi Jericó, um centro importante e rico (Js 6,24), rodeado por muralhas altas e poderosas (6,5). No seu interior habitavam os cananeus, com um rei, serviços secretos de inteligência (Js 2,2) e um valoroso exército. Os israelitas, pelo contrário, eram apenas um bando desorganizado de tribos e clãs que vinham a fugir da escravidão do Egipto. Como é que poderiam conquistar todo o país, se a primeira cidade já parecia inconquistável?
Nesse momento Deus falou a Josué e explicou-lhe a estratégia que deviam utilizar para vencer e destruir Jericó, exterminando todos os habitantes da cidade. Era um ritual estranho: durante 7 dias, marchariam em círculo à volta da cidade, com a Arca da Aliança; os sacerdotes iriam tocando as trombetas, enquanto o resto do povo acompanharia com um solene silêncio; dariam uma volta cada dia e voltariam para o acampamento (Js 6,15-20).
Esta batalha de Jericó aparece como um acontecimento militar chave para o povo de Israel, uma vez que lhe abriu as portas da conquista da Palestina. Porém, na realidade, o que terá acontecido? Durante séculos as opiniões dos biblistas dividiram-se, desde um rotundo impossível, à fega cega num milagre de Deus, à atribuição a um fenómeno natural como um terramoto, ou a considerarem que a expressão "muro da cidade" era uma metáfora para designar a "guarda da cidade".
Um achado arqueológico pôs fim a este debate. A cidade de Jericó foi descoberta em 1868, a 28 Km ao nordeste de Jerusalém, perto do Mar Morto. As primeiras escavações realizaram-se entre 1908 e 1910, pelos alemães E. Sellin y C. Watzinger. Entre 1930 e 1936 houve uma 2ª campanha arqueológica, dirigida pelo inglês John Garstang. Finalmente, entre 1952 e 1959 houve a 3ª e última campanha, dirigida pela arqueóloga Kathleen Kenyon.
A primeira surpresa surgiu quando se verificou que Jericó seria a cidade mais antiga do mundo, pois encontraram-se restos de uma muralha de defesa (com 2 metros de largura e uma torre de 9 metros), datada de 8.000 a.C.
Então, Jericó erguia-se num fértil oásis, de abundantes palmeiras e tâmaras, com copiosas nascentes de água. Os habitantes da cidade enterravam os seus mortos debaixo do piso das suas próprias casas. Esta cidade teria sido destruída pela guerra e abandonada cerca de 7.200 a.C.
A 2ª grande descoberta foi que não houve apenas uma Jericó, mas muitas, pois ao longo da sua história a cidade foi destruída e reconstruída numerosas vezes, devido a catástrofes, guerras, invasões, conflitos, dando origem a um total de 17 Jericó, o que mostra a sua importância estratégica. A última Jericó que os arqueólogos encontraram foi a do ano 1550 a.C.
Ora, se Jericó não voltou a ser edificada após esta última devastação, supostamente quando Josué chegou com os israelitas à Terra Prometida (cerca de 1200 a.C.), havia já 350 anos que a cidade tinha deixado de existir! Significa que a conquista de Jericó carece de fundamento histórico?
Há outra explicação possível: embora a cidade já não existisse em 1200 a.C., algumas franjas de população autóctone teriam ocupado novamente as ruínas daquele lugar, convertido então numa cidade fantasma e teria sido com eles que os israelitas se confrontaram e impuseram.
Séculos mais tarde, quando os israelitas começaram a pôr por escrito os relatos da conquista da Palestina, contaram este episódio da única forma que o sabiam fazer: não como historiadores profissionais, mas como homens de fé, como se fosse uma liturgia, surgindo o relato acima mencionado, talvez inspirados na procissão que todos os anos se realizava, a partir do santuário vizinho de Guilgal, à volta das ruínas para comemorar a conquista. Vejamos:
•não são os guerreiros a terem o papel principal no combate, mas os sacerdotes;
•são usadas trombetas, principal instrumento musical de louvor a Deus e de oração em todas as festas religiosas (Nm 10,10);
•nenhum general dirige a batalha, mas a Arca da Aliança;
•os soldados israelitas assistem a uma procissão, e não a um combate, guardando o respeitoso silêncio próprio da oração;
•o grito de guerra que lançam no último dia era o clamor que os israelitas costumavam lançar nas suas festas religiosas (2Sm 6,15; Lv 25,9; Nm 29,1);
•o relato está contado simbolicamente pelo uso do número 7 que significa perfeição: 7 dias dura a procissão, 7 sacerdotes levam 7 trombetas, no 7º dia dão 7 voltas).
Não nos esqueçamos que eles escreviam para que os seus relatos fossem lidos no templo, nas suas reuniões e grupos de oração.
Tal como a antiga Jericó, também hoje existe um mundo do mal fechado atrás das suas firmes fortificações ou muralhas. As injustiças sociais, a mentira, a corrupção, o desprezo pelos mais débeis, a fome, impedem que as pessoas entrem na salvação, isto é, num novo tipo de sociedade em que a dignidade de todos seja respeitada e onde todos tenham direito à educação, ao trabalho, a viver em paz, de modo a constituir uma nova Terra Prometida.
Hoje fazem falta trombetas capazes de vencer esta fortaleza injusta e perversa: as trombetas da solidariedade, do serviço, do testemunho de vida. Mas não bastam as trombetas; Josué ordenou um grito de guerra em uníssono. A condição essencial para que a Igreja vença é a sua unidade, a sua união.


DESABRIGADOS ALAGADOS DO RIO ACRE

Número de desabrigados alagados do Rio Acre já chega a mais de 1.000
O governador Tião Viana visitou os desabrigados pelo rio Acre que estão alojados no Parque de Exposições para garantir que o atendimento prestado pelo governo e prefeitura de Rio Branco seja o melhor possível. Água potável, energia, medicamentos e assistência médica 24 horas estão sendo oferecidos às 300 famílias desalojadas. Tião também autorizou a contratação de barcos e caminhões para ajudar na retirada das vítimas das áreas alagadas.
“O governo e a prefeitura estão de mãos dadas neste momento difícil, uma situação causada pela força da natureza. As famílias que estão aqui contam com a infraestrutura possível, com médico, água. A decretação do Estado de Emergência permite que a gente vá a Brasília pedir mais recursos para atender as pessoas que moram em áreas de risco”, disse o governador Tião Viana.
Quem tiver barcos ou caminhões e esteja disposto a ajudar na retirada das famílias em áreas de risco ou alagadas poderá prestar serviço ao governo através da Defesa Civil, que está autorizada a contratar caso seja necessário. “A intenção é retirar o maior número de famílias e os seus bens no menor espaço de tempo possível”, ressaltou o governador.
O secretário de Desenvolvimento para Segurança Social (SEDSS), Antônio Torres, disse que o governo do Estado está trabalhando em parceria com a prefeitura para dar o apoio necessário aos desabrigados. Ele contou que há equipes do Plantão Social da SEDSS colaborando com as equipes da prefeitura e fornecendo apoio logístico para o atendimento às famílias desabrigadas. “Estamos cedendo veículos e pessoal para ajudar na retirada das famílias”, contou Torres.
Situação de Emergência
Um total de 227 famílias já estava abrigado no parque de exposições Marechal Castelo Branco por volta das 9 horas da manhã desta terça-feira, 12. O número de pessoas ali instaladas já ultrapassa a casa dos mil. São todas oriundas de áreas ribeirinhas alagadas pela cheia do rio Acre. No local, elas recebem a atenção do poder público e um lugar para ficar até que o nível do rio baixe e permita o retorno seguro para as suas residências.
O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, esteve no parque de exposições por volta das 8 horas. Logo em seguida, ele decretou situação de emergência, haja vista o número de bairros alagados. A prefeitura estima que mais de 3 mil pessoas já foram afetadas.
A decretação do estado de emergência credencia Rio Branco para o recebimento de recursos da Defesa Civil nacional. Além disso, a prefeitura pode proceder a compra de alimentos, além de diversos outros produtos usados para dar apoio aos desabrigados evitando diversos trâmites burocráticos.
O prefeito Angelim disse estar preocupado com o comportamento do rio Acre, que tem subido bastante nos últimos dias. Na medição feita por volta das 6 horas da manhã, o nível do rio estava em 15,44 metros. Na noite de segunda-feira, 11, o nível do rio estava em 15,29 metros, o que mostra uma subida de 15 centímetros. A previsão é de que o rio continue subindo nas próximas horas. O seu nível está alto nas cidades de Xapuri, Brasileia e Assis Brasil, todas cidades localizadas às margens do rio e acima de Rio Branco. Outra preocupação é com o Riozinho do Rôla, um dos principais afluentes do rio Acre. Na noite de segunda-feira, o Riozinho apresentava o seu nível em 14,85 metros e, na manhã desta terça-feira, 14,90 metros, demonstrando clara elevação.
“Esses números preocupam, pois é provável que mais famílias sejam desabrigadas”, disse Angelim. “Estamos com uma estrutura muito grande aqui para atender os desabrigados”, afirmou Angelim. Ele acredita que o número de desabrigados deve subir bastante nas próximas horas.
Número de famílias desabrigadas cresce a cada hora
A toda hora mais e mais famílias estão chegando ao parque. Famílias como a de Luciana Nascimento de Souza. Logo cedo ela estava com parte de sua mobília na calçada da Avenida Amadeo Barbosa, no bairro Seis de Agosto, à espera de um transporte para ir também se abrigar junto com o marido, Rogério Paiva, e os quatro filhos no parque. Enquanto ela aguardara o transporte, Rogério ajudava outras famílias - vizinhos, em sua maioria - a também retirar os móveis. “O rio está subindo muito rápido. Não está dando tempo para o pessoal da prefeitura e do governo tirar todo mundo. Enquanto eles tiram umas famílias, outras já estão na mesma situação. Por isso meu marido está ajudando”, disse Luciana. O que a família levou para o parque foi apenas alguns dos bens. Os demais móveis foram suspensos dentro da casa. “Vamos torcer para que o rio não suba mais, pois, se subir, perderemos tudo”, lamentou.
O lugar de abrigo de todos, o parque de exposições, transformou-se em uma minicidade. Ali, prefeitura e governo do Estado montaram uma estrutura especial para atender todas as famílias. Um posto de atendimento médico está funcionando no local durante 24 horas. Durante sua visita nesta manhã, Tião Viana autorizou que médicos do Estado passassem a fazer o atendimento no local. Viana também disponibilizou medicamentos para abastecer a farmácia do posto.
Todo esse aparato atende famílias como a de Luciana e Rogério e como a de Sidney Lima da Silva. Ele e sua companheira, Marilene Chagas de Souza, estão abrigados desde a noite de segunda-feira, 11, no parque. Foram socorridos por homens do Corpo de Bombeiros. A casa em que vivem no bairro Taquari foi tomada pelas águas do rio. Permanecer no local seria um risco para eles e para o filho de oito meses. “A gente sempre espera que a água não chegue à casa da gente, mas quando chega não tem o que esperar, tem que sair mesmo”, disse Sidney. “O pessoal nos ajudou a tirar nossas coisas e agora estamos aqui. Vamos esperar que o rio baixe logo.”
Duas mil casas serão entregues até dezembro
O governo do Estado tem se esforçado para garantir casa a quem mora em áreas de risco ou alagadiças. A política habitacional prevê a entrega de duas mil casas em 2011, sendo o primeiro lote em maio, o segundo em agosto e o último em dezembro. Para o ano que vem a previsão é de três a cinco mil moradias.
“Entre 2009 e o final de 2011 a estimativa de entrega é de 10 mil unidades, com a possibilidade de chegar a 20 mil casas entregues entre o governo do Binho e o meu. Mas nós temos 36 mil famílias cadastradas no programa de habitação. Foram contratadas muitas obras e há poucas empresas para a demanda. Às vezes a gente vê a casa aparentemente pronta, mas faltam esgoto, saneamento, energia. E nós temos essa responsabilidade de só entregar uma casa com toda a infraestrutura de que ela precisa”, explicou Tião.
Bairros afetados
Adalberto Aragão, Ayrton Senna, Baixada da Habitasa, Cidade Nova, Cadeia Velha, Terminal da Cadeia Velha, Seis de Agosto, Triângulo Novo, Taquari, Base e Aeroporto Velho.
Áreas rurais afetadas
Panorama, Liberdade, Vai se Vê I e II, Limoeiro, Catuaba, Bagaço, Extrema, Colibri, Corredeira, P.A. Moreno Maia, Jarinauá - Seringal Belo Horizonte, Barro Alto (Cajazeira, Água Preta e Barro Alto) e São Francisco do Espalha. (Janelao.com).

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

HAITIANOS CHEGAM A BRASILÉIA E EPITACIOLÂNDIA, AOS "montes"

A antropóloga Thaisa Lumie Yamauie, 25 anos, voluntária do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Acre, aliou-se ao haitiano Esdras Hector, no final de dezembro, para realizar entrevistas com grupos de imigrantes haitianos que sofreram abusos e violências no percurso rumo ao Brasil.
Os imigrantes, que buscam refúgio em massa no Acre, estão sendo vítimas de extorsão, roubo, estupros e mortes quando percorrem territórios do Peru e da Bolívia. A onda migratória por melhores condições de vida teve início em 2010, após o terremoto que devastou o Haiti.
Paulista de Campinas, Thaisa Yamauie se mudou para o Acre há quatro meses, após o marido ter sido contratado como professor universitário. Formada na Universidade Federal de São Carlos, com especialidade em migrações, conseguiu reunir relatos detalhados do trajeto e dos acontecimentos que envolvem a diáspora haitiana em solo acreano.
Durante os dias que passou no município de Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, a antropóloga ficou impressionada com a interação entre a população local e os haitianos.
- Quase não há comunicação porque uns falam português e outros crioulo, mas se entendem. Isso é um sinal de solidariedade. As pessoas da cidade dão trabalho, abrigam, alimentam. Também chama a atenção a decisão do governo do Acre de prestar ajuda humanitária. Talvez isso não tivesse acontecido em outro estado brasileiro na mesma situação - analisa Thaisa Yamauie em entrevista exclusiva ao Blog da Amazônia.
A antropóloga disse que o Brasil poderia mudar o paradigma de políticas de migração que vem sendo adotada em países que recebem ondas migratórias. No mundo inteiro, quando considerados “ilegais”, os imigrantes são tratados com muita violência, quando não portam documentos.
De acordo com Thaisa Yamauie, essa condição, imposta pelo fato de não ter documentos, leva aos empregos mais degradantes e a outras situações onde os direitos humanos são violados, o que inclui abusos como escravidão, violência, incluindo, sexual.
- A lei dos países não protege essas pessoas e isso precisa ser mudado. Ondas migratórias como essa que o Brasil lida atualmente, especialmente na fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru, não podem ser contidas apenas com o fechamento de fronteiras. Uma decisão nesse sentido agravaria a crise humanitária que está surgindo. Se a fronteira fosse fechada, os haitianos continuariam se deslocando e conseguindo ingressar no território brasileiro, e passariam a ser encarados pela sociedade como imigrantes “ilegais”. Isso seria pretexto para que ficassem ainda mais vulneráveis aos abusos dos quais já estão sendo vítimas.