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sábado, 14 de janeiro de 2012

A ESCOLA DOS MEUS SONHOS, COMO UMA ROSA, UMA FLOR...!

"A escola que sempre sonhei" (Magna)
Rubem Alves diz sempre ter sonhado com uma escola ideal, mesmo sem saber ao certo da sua existência. Mas ela existe! E está em Portugal. É a Escola da Ponte.
Quando a viu pela primeira vez em 2000, tendo como guia um aluno de 9 anos, lembrou a frase de Fernando Pessoa para a mulher amada: "Quando te vi, amei-te já muito antes..."
Mas ele nos alerta: para entender a Escola da Ponte precisamos esquecer quase tudo o que sabemos. Primeiro é preciso esquecer aquilo que somos para sairmos da prisão do que somos hoje. É submeter ao esquecimento, desarticular o que sabemos. Só assim vamos conseguir ver coisas novas. Isso acontece porque precisamos nos livrar dos jeitos de ser que se sedimentaram a nós, e que nos levam a crer que as coisas devem ser do jeito que são.
Assim, a escola ideal de Rubem Alves seria como a escola que ele conheceu em Portugal:
. uma escola sem classes separadas por série;
. com salas de aula sem divisões, com mesinhas baixas, próprias para as crianças;
. os alunos poderiam andar livremente pela sala;
. os professores seriam orientadores;
. pequenos grupos de alunos seriam formados a partir do interesse comum por um assunto.
Para Rubem Alves, precisamos de uma escola retrógrada. Pois retrógrado quer dizer "que vai para trás". Precisamos então de uma escola que vá para trás dos "programas" científica e abstratamente elaborados e impostos. "Uma escola que compreenda como os saberes são gerados e nascem. Uma escola em que o saber vá nascendo das perguntas que o corpo faz. Uma escola em que o ponto de referência não seja o programa oficial a ser cumprido, mas o corpo da criança que vive, admira, se encanta, se espanta, pergunta, enfia o dedo, prova com a boca, erra, se machuca, brinca.”

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